sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Ouvido Humano - Anatomia

O ouvido é o órgão responsável pela captação de vibrações no ar (sons) e transformação desses, em impulsos nervosos que o cérebro “codifica”. Além dessa função, este órgão também está relacionado com o equilíbrio do corpo. Ele é dividido em três partes:
  • Ouvido externo é a parte que recebe as ondas sonoras;
  • Ouvido médio, onde há a transformação dessas ondas em vibrações mecânicas que será transmitida para a próxima parte;
  • Ouvido interno, onde as vibrações estimulam os receptores e sofrem transdução para impulsos nervosos que vão alcançar o sistema nervoso central, via nervo acústico.

Ouvido externo

Compreende o pavilhão auricular (ou orelha), o meato acústico externo e a membrana do tímpano.
O pavilhão auricular participa na captação do som, possui forma irregular e é constituído essencialmente por uma placa de cartilagem elástica coberta por uma fina camada de pele dos dois lados, onde são encontradas glândulas sebáceas e poucas glândulas sudoríparas.
O meato acústico externo vai desde o pavilhão até a membrana do tímpano. Apresenta-se como um canal achatado, de paredes rígidas, que o mantém constantemente aberto. O terço externo desse canal apresenta cartilagem elástica, que é continuação da cartilagem do pavilhão auricular. O arcabouço dos dois terços internos é formado pelo osso temporal.
O meato acústico é revestido internamente por pele rica em pêlos e glândulas sebáceas e ceruminosas (glândulas sudoríparas modificadas). Ao produto resultante da secreção dos dois tipos glandulares, dá-se o nome de cerúmen (substância pastosa de coloração marrom). Tanto o cerúmen quanto o pêlos do meato possuem função protetora, dificultando a penetração de objetos estranhos.
No fundo do meato está presente a membrana timpânica (ou tímpano), de formato oval. Essa membrana é externamente recoberta por uma fina camada de pele e internamente por epitélio cubóide simples. Entre as duas camadas epiteliais, são encontradas duas camadas de fibras colágenas e fibroblastos. Na camada externa, estas fibras orientam-se radialmente, de modo que na cama interna são circulares. Além do colágeno, encontra-se também uma fina rede de fibras elásticas. No quadrante superior ântero-superior do tímpano não há a presença de fibras, sendo, portanto, flácida essa região, recebendo o nome de membrana de Shrapnell. A membrana timpânica é a estrutura que transmite as ondas sonoras para os ossículos do ouvido médio.

Ouvido Médio

Localiza-se na espessura do osso temporal, como uma cavidade que separa a membrana timpânica da superfície óssea do ouvido interno. Em sua porção anterior, se comunica com a faringe pela tuba auditiva (ou Trompa de Eustáquio). Em sua porção posterior, se comunica com as cavidades cheias de ar do processo mastóide do osso temporal. O ouvido médio é revestido por epitélio simples pavimentoso, cuja lâmina própria se apresenta aderida ao periósteo. Próximo ao orifício da tuba auditiva, o epitélio torna-se prismático ciliado e, ao passo que se aproxima da faringe, observa-se a sua gradual transição para epitélio pseudo-estratificado ciliado. Normalmente, a tuba auditiva encontra-se fechada, abrindo-se durante o ato de deglutição, para que haja o equilíbrio da pressão externa com o ouvido médio.
Na parede medial, existem duas regiões sem osso, recobertas apenas por uma membrana conjuntivo-epitelial, são as janelas oval e redonda.
Unindo a janela oval ao tímpano existe um sistema de três ossículos articulados, formado pelo martelo, bigorna e estribo, que transmitem as vibrações mecânicas geradas na membrana timpânica até o ouvido interno. O martelo insere-se na membrana timpânica e o estribo na janela oval, sendo a bigorna encontrada entre esses dois ossículos.
No ouvido médio são encontrados dois pequenos músculos estriados esqueléticos, o tensor do tímpano e o tensor do estribo, que se inserem no martelo e no estribo, respectivamente. Esses músculos participam da regulação da condução do estímulo sonoro.

Ouvido Interno

Recebe também o nome de labirinto. É uma estrutura complexa formada por sacos membranosos, cheios de líquido, que estão alojados dentro de cavidades na porção pétrea do osso temporal.
Ao conjunto de cavidades e canais limitados por tecido ósseo, denomina-se labirinto ósseo. Dentro deste, encontram-se estruturas membranosas que ocupam parcialmente as cavidades ósseas, seguindo, normalmente, a sua forma. Recebe o nome de labirinto membranoso, que, apesar de se ligar à parede óssea em certas regiões, na maior parte de sua extensão está separado do osso. Existe, pois, um espaço entre o labirinto ósseo e o membranoso, que é uma continuação do espaço subaracnóideo das meninges, que se apresentam cheios de líquido, a perilinfa (composição semelhante ao líquido cefalorraquidiano).
Além da perilinfa, também são encontradas finas traves de tecido conjuntivo contendo vasos, que unem o periósteo que reveste o labirinto ósseo às estruturas membranosas. O interior dessas estruturas é repleto de endolinfa (líquido de composição e origem diferentes da perilinfa). O labirinto membranoso é composto principalmente por epitélio de revestimento pavimentoso, circundado por uma fina camada de tecido conjuntivo. No entanto, na região mais profunda, o epitélio do labirinto membranoso tem origem ectodérmica, pois se origina de uma invaginação ectodérmica da parede lateral do esboço cefálico do embrião. Esta invaginação transforma-se gradualmente em uma vesícula, denominada vesícula óptica. Esta, por sua vez, prolifera e cresce irregularmente, dando origem a diversos compartimentos do labirinto membranoso no adulto. O epitélio de suas paredes, em determinadas regiões, estabelece contato com os nervos vestibular e coclear, espessando-se e diferenciando-se em órgãos especiais, os receptores, que são: as máculas, as cristas e o órgão de Corti.
O labirinto ósseo é constituído por uma cavidade central de forma irregular, o vestíbulo, onde desembocam, de um lado, os canais semicirculares e, de outro, a cóclea. O vestíbulo contém duas estruturas: o sacúolo e o utrículo. Neste último desembocam os canais semicirculares. Cada canal apresenta uma dilatação numa das suas extremidades, denominadas ampolas. Já o sacúolo une o utrículo à cóclea por meio de estreitos canais.

O Olho Humano - Anatomia




  O globo ocular, com cerca de 25 milímetros de diâmetro, é o responsável pela captação da luz refletida pelos objetos à nossa volta. Essa luz atinge em primeiro lugar nossa córnea, que é um tecido transparente que cobre nossa íris como o vidro de um relógio. Em seu caminho, a luz agora passa através do humor aquoso, penetrando no globo ocular pela pupila, atingindo imediatamente o cristalino que funciona como uma lente de focalização, convergindo então os raios luminosos para um ponto focal sobre a retina. Na retina, mais de cem milhões de células fotossensíveis transformam a luz em impulsos eletroquímicos, que são enviados ao cérebro pelo nervo óptico. No cérebro, mais precisamente no córtex visual ocorre o processamento das imagens recebidas pelo olho direito e esquerdo completando então nossa sensação visual.

O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é produzida e transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro.
Ele é formado pelo globo ocular e seus diversos componentes. Basicamente se restringe a uma lente positiva (convergente) de alto poder refrativo e é formado pela córnea, com +44,00 diop. e o cristalino com +14,00 diop. num total de +58,00 diop.. Seu comprimento, no sentido ântero posterior, é de 24 mm. Entenda-se que estes dados são básicos e naturalmente variações existem.
Os raios luminosos, paralelos, vindos do infinito, penetram no olho pela pupila, convergem-se (com o poder dióptrico positivo) encontrando-se na retina, mais precisamente na fóvea central, que é circundada pela mácula, proporcionando assim visão nítida, o que ocorre com os olhos de visão normal, conhecida como "emétropes".
 
Uma curiosidade: as imagens, que se projetam dentro do olho, são invertidas, ou seja, de cabeça para baixo.Isto é o que ocorre com todo sistema óptico, quando é disposto além da sua distância focal. O cérebro faz a inversão da imagem, colocando-a na posição correta e nos dá a sensação que estão na posição normal.
O propósito do olho humano, no processo da visão, é formar uma imagem, no fundo do olho, que é conhecida genericamente como "retina". Podemos considerar que o olho é um instrumento óptico, por tal performance. A necessidade de lentes de óculos, em frente do olho, é determinado pela inexatidão com que esta imagem é formada na retina. Nos casos em que a imagem, ou o encontro focal, acontece fora da fóvea central, provoca uma imagem borrada ou desfocada. Esta imagem é corrigida com lentes oftálmicas com poderes dióptricos, que compensam as deficiências visuais, desde que necessária para fazer a compensação e obtenção de boa visão.
PARTES DO OLHO
Córnea: É a parte saliente e anterior do globo ocular, protuberante e visível. É totalmente transparente e, juntamente com a esclerótica, forma o envoltório externo do globo ocular. Tem uma curvatura acentuada (cerca de 44,00 dioptrias, em média), sua espessura central é de 0,6mm. e a espessura periférica é de 1,3mm., seu diâmetro médio é de 12mm., podendo variar de 11mm. a 12,5mm.
A curvatura da córnea não é esférica. A grande maioria das córneas tem uma superfície tórica, ou seja, na direção vertical tem uma curvatura ligeiramente mais acentuada do que na direção horizontal. Estas diferenças de curvatura podem estar situadas em diversas direções, originando-se daí a maior parte dos astigmatismos.
Por outro lado, esta curvatura vai se aplanando, à medida que se afasta da zona óptica central – com 6mm. de diâmetro – tendo a córnea portanto uma superfície asférica. Por esta razão as lentes de contato mantém-se centradas na córnea.
A córnea cobre ligeiramente a íris e a pupila, por onde a luz passa. Esta parte do olho tem a forma aproximada de uma lente negativa e seu raio interno é ligeiramente menor do que o raio externo.
Sua espessura central é muito pequena. Tem ela 0,6mm., mas ela possui 6 camadas que são: Epitélio (a camada externa), Bowman (a meio externa), Estroma (a do meio), Descemet (a meio interna), Endotélio (a camada interna) e sua zona óptica central, opticamente pura, tem 6mm. de diâmetro, sendo daí para maior, composta de aberrações.
É portanto a córnea um elemento de suma importância no sistema dióptrico do aparelho visual, pois com sua curva acentuada, é o principal meio que faz com que os raios paralelos, que vem do infinito, se convirjam e cheguem juntos à fóvea central.
Íris: É o colorido do olho. Trata-se de uma membrana de forma circular, com 12mm. de diâmetro com uma abertura circular, no centro, chamada de "pupila", cujo diâmetro médio é de 4,4mm. (em ambiente interno). A pupila tem uma aparência preta mas é totalmente transparente e todas as imagens que vemos passam através dela.
A íris fica localizada entre a córnea e o cristalino. Ela funciona como se fora uma espécie de diafragma de máquina fotográfica. Quando exposta a muita luminosidade, diminui sua abertura central, e ao contrário, quando exposta a pouca luminosidade, dilata-se, aumentando o tamanho da pupila. Sua função é controlar a entrada de luz no olho e tem papel preponderante na acuidade visual.
Humor Aquoso: trata-se de uma substância semi-líquida, transparente, semelhante a uma gelatina incolor. Esta substância preenche a câmara anterior do olho e, pela sua pressão interna, faz com que a córnea se torne protuberante.
O humor aquoso é renovado lenta e constantemente e o seu excesso é escoado pelo canal de Schlemn. Quando este canal entope, o olho fica com excessiva pressão, sendo uma das causas do glaucoma, doença que danifica a fóvea central, podendo causar cegueira parcial.
Cristalino: Corpo aproximadamente biconvexo, em forma de lente, transparente, com um poder dióptrico de perto de +14,00 diop., localizado logo atrás da íris, entre a câmara anterior e a câmara posterior do olho. A função principal do cristalino é permitir a visão nítida em todas as distâncias. Quando se olha para perto, o cristalino torna-se convergente, aumentando o seu poder de refração e quando se olha para longe, torna-se menos convergente, diminuindo seu poder dióptrico. Isso faz com que a visão seja nítida em todas as distâncias. O cristalino é uma lente que, através da sua variação dióptrica, conhecida como acomodação, torna possível visão nítida, para perto, para longe e para todas as distâncias. Esta acomodação diminui, à medida que os anos passam, até que surge a presbiopia.
Músculo Ciliar: Quem promove a acomodação, feita pelo cristalino, é o músculo ciliar, que o circunda, através de pequenos ligamentos ciliares.
Corpo Vítreo: É também conhecido como " Humor Vítreo ". É uma substância totalmente transparente, semelhante ao humor aquoso, que preenche internamente o globo ocular, fazendo com que tome a forma aproximada de uma esfera, com a protuberância da córnea.
Esclerótica: Também conhecida como esclera. É o conhecido " Branco do Olho " e trata-se de uma camada que envolve externamente o globo ocular.
Coróide: Trata-se de uma membrana conjuntiva, localizada entre a esclerótica e a retina que liga o nervo óptico à ora serrata e nutre a retina. Também conhecida com "úvea" e é assim chamada porque é toda entrecortada de vasos sangüíneos, numa verdadeira trama de pequenas veias que envolvem o globo ocular, tornando a câmara posterior um local escuro, condição primordial para uma boa visão. Quando observa-se a pupila, tem-se a impressão de ser ela preta mas é apenas a câmara posterior que é escurecida pela coróide, dando a falsa impressão da pupila ser preta.
Retina: É a camada que envolve internamente ¾ partes do globo ocular e tem papel importantíssimo na visão. É ela composta de milhares de células sensíveis à luz, conhecidas como fotossensoras. Estas células são conhecidas como: Cones (pertinentes à visão a cores) e Bastonetes (são os que proporcionam a visão em preto e branco e visão noturna).
A retina, na sua área periférica, oferece uma acuidade visual de apenas 1/10 ou 20/200 que é uma visão deficiente, obtida quando se vê somente a maior letra do quadro de optotipos.
Fóvea Central: Fica localizada no fundo da retina, ligeiramente para o lado temporal e seu tamanho é de 3mm. de largura por 2mm. de altura. Como se nota é bem pequena e é nela onde há o encontro focal dos raios paralelos que penetram no olho. A fóvea é de suma importância para a visão pois a acuidade visual, nela obtida, e de 10/10 ou 20/20 (um inteiro), ou 100%, ou seja, a visão normal de uma pessoa emétrope. Fora da fóvea a acuidade visual vai gradativamente perdendo a eficiência, à medida que a concentração de cones, vai reduzindo. Basicamente a fóvea é composta de três cones: um para a cor verde, outro para a amarela e outro para a vermelha.
Ponto cego: O ser humano tem um pequeno ponto cego no olho. Fica localizado no fundo da retina. Está situado ao lado da fóvea e é o ponto que liga a retina ao nervo óptico. Estranhamente é desprovido de visão. Na figura ao lado é representado pelo ponto amarelo
Nervo óptico: É um grupo de fibras nervosas, de forma tubular, com algumas artérias, que conduz as imagens captadas pela retina e fóvea, para o córtex cerebral. Seu ponto de ligação com a retina é o ponto cego do olho.
Músculos externos: Também conhecidos como "extrínsecos". Os globos oculares têm seus movimentos conduzidos pelos músculos externos. Quatro destes músculos são chamados de "reto" e são os seguintes: Reto superior (responsável pela movimentação do globo para cima), Reto inferior (responsável pela movimentação do globo para baixo), Reto interno (responsável pela movimentação do globo para o lado nasal) e Reto externo (responsável pela movimentação do globo para o lado temporal).
Outros dois músculos são conhecidos como oblíquos: Oblíquo superior e Oblíquo inferior, ambos responsáveis pelos movimentos rotativos do olho.

Esqueleto Humano

Nosso Laboratório que passa por processo de revitalização recebeu há menos de um mês peças importantes para o acervo de Anatomia. O Esqueleto, o olho e o ouvido humano. Obrigada a Direção que nos apoiou neste projeto. Obrigado ao professor Hudson que trabalhou na escolha e aquisição desta importante materialidade. 


O esqueleto além de dar sustentação ao corpo protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.


O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
  1. Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica (em amarelo).
  2. Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Ciclo de vida do Aedes aegypti

OVO
 
  
LARVA


 
                                              PUPA

                                         
                                       MOSQUITO ADULTO